PARA QUE É O GOLPE: "O que mais custa aceitar é a participação do Judiciário no golpe"

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OS PRIMEIROS DIAS DO GOLPE

Três coisas importantes aconteceram nos primeiros dias do governo interino e representaram derrotas para ele.

A primeira foi o entendimento de que o impeachment foi um golpe. Isso aconteceu graças ao que restou de imprensa no país (blogs), que denunciou o golpe e acordou a imprensa estrangeira, que compreendeu e mostrou para o mundo inteiro a verdade. O atestado de derrota do governo neste ponto foi o pedido da ministra do STF Rosa Weber à presidenta Dilma para que explicasse por que chama o impeachment de golpe.

A segunda coisa foi a compreensão de que o programa do governo interino é o programa da oposição, portanto o programa que foi derrotado na eleição de 2014. Isto ficou claro no desmonte do Estado e corte brutal de direitos (começando pela entrega do pré-sal ao capital estrangeiro), que provocou reação popular, em especial dos artistas, que ocuparam sede do Ministério da Cultura, obrigando o governo interino a voltar atrás na decisão de extinguir o MinC.

A terceira coisa foi a divulgação da gravação da conversa do ministro Romero Jucá, antes do golpe, combinando que era preciso derrubar a presidenta e colocar o vice Temer no seu lugar antes que as investigações da Justiça chegassem ao PMDB e ao PSDB. Foi o atestado que confirmou o golpe urdido numa conspiração para proteger os corruptos do governo (PMDB) e oposição (PSDB).

Depois disso, sobrou ao governo golpista apenas o poder, o que não é pouca coisa, mas é um poder sem legitimidade, sem reconhecimento e antipopular. Tudo o que o vice-presidente fizer daqui por diante para implantar seu programa, incluindo a repressão violenta, estará manchado por seu vício de origem e será compreendido como ações de um governo autoritário e ilegal, contra o qual a população tem o direito de reagir.

PARA QUE É O GOLPE

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

"O que mais custa aceitar é a participação do Judiciário no golpe"

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