quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Chefe da PM comemorou benesses dias após massacre em Paraisópolis

Polícias militares continuaram e continuam a obra da ditadura de reprimir trabalhadores e matar pobres. Oficiais militares formam uma das castas das elites brasileiras, com juízes, procuradores, políticos e outros funcionários de alto escalão, além de banqueiros, latifundiários, industriais, grandes comerciantes e barões da mídia, sempre imunes às crises e até ganhando mais com elas, como acontece desde 2016. Não à toa uma liderança de cabos e soldados diz que estes romperam com o capitão presidente: https://www.cartacapital.com.br/sociedade/militares-de-baixa-patente-romperam-com-bolsonaro-diz-sindicalista/.

Chefe da PM comemorou benesses dias após massacre em Paraisópolis 

André Barrocal, 12/12/19, Carta Capital

O presidente Jair Bolsonaro sancionará em breve a lei que havia proposto em março de aumento do salário dos militares e do tempo de trabalho deles antes da aposentadoria. A lei foi aprovada de vez em 4 de dezembro, com sua votação pelos senadores. Por obra do Congresso, valerá também para PMs e bombeiros, o que não constava da proposta original do governo.

O chefe da PM paulista, o coronel Marcelo Vieira Salles, foi ao Senado no dia da votação e mandou um vídeo à tropa. Estava feliz, em particular com duas benesses. “A paridade e a integralidade, ou seja, o que recebermos na ativa, receberemos na reserva”, disse. Um PM descansará com o salário que recebia e terá reajuste junto com o da ativa.

Eis aí um exemplo ilustrativo dos tempos de Bolsonaro no poder: Estado grande para uns, mínimo, para outros.

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